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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Aux armes citoyens


"A França vende armas ao Estado Islâmico da Arábia Saudita. E a Turquia, aliada da NATO, mantém preso o líder do partido que combate o Estado Islâmico da Síria e do Iraque, o curdo Abdullah Öcalan, condenado a prisão perpétua sob a acusação de – imaginem vós? – terrorismo. Canta-se na Europa nos estádios de futebol «às armas cidadãos», mas eu queria saber contra quem?

Abdullah Öcalan é o líder do PKK, Partido dos Trabalhadores do Curdistão, tem 67 anos e está desde 2002 numa prisão em isolamento, é o único prisioneiro da ilha-prisão de İmralı. Quem o tem preso não se coibiu de tecer, por exemplo, elogios a Mandela, que esteve preso 27 anos e era lembrado apenas e só na altura por uma mão cheia mas pequena de intelectuais, organizações de esquerda e de direitos humanos, o resto era «África do Sul, aliada do ocidente» e Mandela figurava na lista de terroristas internacionais. Com tanta música e ignorância do passado ainda acabamos a disparar sobre nós próprios…"

Raquel Varela

domingo, 29 de novembro de 2015

A Sense Of Class Identity (Unity, Solidarity And Power)


"Some of the biggest shifts taking place within the labor market are the downward pressures on workers involved in the reproduction of labor: teachers, university professors, doctors, hospital staff, etc., and the emergence—as public education comes under a sustained assault—of a substantial student labor force.

All of this has created both new challenges and opportunities for the Left. Much of the talk of the declining working class comes from those who in the past accepted a stereotype of the working class as blue-collar (predominantly white, male) manufacturing workers. Today, new sites of struggle are emerging. Public education and public health have been the center of some of the most militant industrial struggles in recent years.

The working class today wears as many white collars as blue and is younger, more multiracial, and includes far more women than ever before (and this is even more true outside the OECD countries). Any attempt at building a class-based movement against inequality must put issues of racism, sexism, and sexual equality front and center. And it must seek to patiently foster a sense of class identity among groups of workers who until very recently saw themselves outside (and often above) the manual working class. But it also must not lose sight of the very real power that workers have. [...] there are plenty of hostile class forces that already stress the fragmentation, atomization, and powerlessness of the working class as a means of disarming it. The role of the Left should be to highlight those moments that give a sense of class unity, solidarity, and power."

Geoff Bailey

sábado, 28 de novembro de 2015

Dirty And Gritty


"I love dirty gritty walls or spaces that are too plain and they just need to be messed with."

Be Free (australian street artist)

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O pior Presidente da República da história da democracia


"A tomada de posse do XXI governo constitucional poderia ter decorrido dentro do habitual contexto de normalidade não fosse, claro está, a ameaça de Cavaco Silva. Ora, o Sr. Silva, a escassos meses de abandonar o cargo, não se coibiu de deixar uma ameaça no ar: a demissão do Governo agora empossado, mesmo não podendo dar posse a qualquer outro que seria de imediato inviabilizado pela Assembleia da República. Dito por outras palavras, o que Cavaco deixou implícito é que está disposto a atirar o país para uma crise profunda se António Costa não fizer o que o ainda Presidente entender. Desta feita caiu por terra mais um mito: o do supremo interesse nacional sempre na boca de sua Excelência o Presidente da República. Na verdade, Cavaco, a par da direita dos negócios, está-se borrifando para o interesse nacional. Os interesses a salvaguardar têm sido e continuam a ser outros.

Assim, ou Costa faz o que o Rei Sol exige ou rua, mesmo que as consequências sejam desastrosas. O que Cavaco diz é que não haverá complacências como houve com o irrevogável.
O que nos vale é que este tormento só dura até dia 9 de Março; o que nos vale é que a velhacaria de Cavaco está prestes a deixar de produzir efeitos no pais; [...]."

Ana Alexandra Gonçalves

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O futuro é uma parede por preencher


Depois de a direita ter perdido as eleições legislativas, foi apenas hoje que finalmente tomou posse o XXI Governo Constitucional. Temos um governo apoiado pela maioria de esquerda da Assembleia da República (PS, BE, PCP, PEV).

Foram 53 dias de espera inútil! Já se sabia que essa era a única solução democrática, e apenas há dois dias, como aqui anunciamos, é que o pequenino Cavaco Silva, em prejuízo de toda uma nação, ultrapassou o seu medíocre preconceito ideológico.

E assim se faz História: quebrou-se o tabu de as forças de esquerda não se conseguirem unir para governar Portugal. De agora em diante, novos desafios se colocarão. Será ainda dura a Luta! Se é grande a responsabilidade, também o são o músculo da convicção e o calor da esperança!

É tempo de respirar em Portugal. O futuro é ainda uma parede por preencher...

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Green Cascais


Planeta lindo! Cidade maravilhosa! Um território por descobrir ;)

Cascais is daily awarded an European Green Capital title by the eyes of its citizens.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Finalmente António Costa indigitado


Hoje, finalmente, Aníbal Cavaco Silva, o homem pequenino que nunca esteve à altura do cargo que ocupa, resolveu a crise política que ele próprio criou. Depois de caprichosamente muito protelar, indicou o Secretário-Geral do PS, António Costa, para Primeiro-Ministro.

Recorde-se que a direita perdeu as eleições legislativas de 4 de outubro.

Este atraso de seis semanas na definição de um novo governo, de esquerda, deveu-se à cumplicidade administrativa e ideológica de Cavaco. O Presidente da República protegeu assim os seus amigos do PSD e do CDS-PP, gente que governou Portugal durante quatro anos e meio de modo cruel e incompetente. Prolongou no poder uma direita moribunda que, mesmo em regime de gestão, continuou a tomar decisões graves, erradas e ilegítimas, tais como o fecho de onze serviços médicos de urgência e a privatização da transportadora aérea portuguesa.

Teremos agora um governo socialista, apoiado pelo milhão de votos à esquerda que elegeu para a Assembleia da República os deputados da Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV) e do Bloco de Esquerda.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Social Classes And Their Relationship To Capital


"One of the strengths of Marx and Engels’s analysis was that it understood that the composition of the working class was constantly changing with the development of capitalism itself. The centrality of the working class did not rest on the type of work performed, the color of their collars, or even whether workers initially saw themselves as part of a united, self-conscious class. It was their relationship to capital and their own exploitation that placed them in a unique position in society and ultimately provoked them to fight back—initially in defense of their own immediate aims but also initiating a process that could lead to a wider identification with their interests as a class."

Geoff Bailey

domingo, 22 de novembro de 2015

The Precariat


"The precariat is a sort of still-born group, whose gestation is necessarily unfinished since one can work to consolidate it only to help its members flee from it, either by finding a haven in stable wage labour or by escaping from the world of work altogether (through social redistribution and state protection). Contrary to the proletariat in the Marxist vision of history, which is called upon to abolish itself in the long term by uniting and universalizing itself, the precariat can only make itself to immediately unmake itself."

Loïc Wacquant (sociologist)

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

L’istanza fondamentale della Street Art


"L’istanza fondamentale della Street Art dovrebbe essere dunque la protesta contro la globalizzazione economica, l’omologazione culturale e il consumismo sfrenato della società attuale.
(...)
La Street Art si propone anche come rappresentazione della realtà quotidiana, uno specchio che riflette le caratteristiche della società postmoderna."

Claudia Galal

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Make People Happy


“If there were not artists like me to make things in the street there would only be advertising everywhere. Advertising is just kind of big brother… not to make people happy or to show nice pictures. It’s just to make you spend your money and to make you buy… That’s why I think I’m not a vandal, what I’m doing is good for the population.”

Invader

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Beirut Is Paris Is Beirut


"Today [November 13th], 128 innocent civilians in Paris are no longer with us. Yesterday, 45 innocent civilians in Beirut were no longer with us. The death tolls keep rising, but we never seem to learn.
[...]

When my people were blown to pieces on the streets of Beirut on November 12th, the headlines read: explosion in Hezbollah stronghold, as if delineating the political background of a heavily urban area somehow placed the terrorism in context.

When my people died on the streets of Beirut on November 12th, world leaders did not rise in condemnation. There were no statements expressing sympathy with the Lebanese people. There was no global outrage that innocent people whose only fault was being somewhere at the wrong place and time should never have to go that way or that their families should never be broken that way or that someone’s sect or political background should never be a hyphen before feeling horrified at how their corpses burned on cement. Obama did not issue a statement about how their death was a crime against humanity; after all what is humanity but a subjective term delineating the worth of the human being meant by it?
[...]

When my people died, no country bothered to lit up its landmarks in the colors of their flag. Even Facebook didn’t bother with making sure my people were marked safe, trivial as it may be. So here’s your Facebook safety check: we’ve, as of now, survived all of Beirut’s terrorist attacks.

When my people died, they did not send the world in mourning. Their death was but an irrelevant fleck along the international news cycle, something that happens in those parts of the world.
[...]

Expect the next few days to exhibit yet another rise of Islamophobia around the world. [...]

Expect the next few days to have Europe try and cope with a growing popular backlash against the refugees flowing into its lands, pointing its fingers at them and accusing them of causing the night of November 13th in Paris. If only Europe knew, though, that the night of November 13 in Paris has been every single night of the life of those refugees for the past two years. But sleepless nights only matter when your country can get the whole world to light up in its flag color."

Elie E. Fares

domingo, 15 de novembro de 2015

Truth


“Truth is not a reward for good behaviour, nor a prize for passing some tests. It cannot be brought about. It is the primary, the unborn, the ancient source of all that is. You are eligible because you are. You need not merit truth. It is your own....Stand still, be quiet.”

Nisargadatta Maharaj

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Murches: no rescaldo das chamas


No verão passado um incêndio na zona de Murches, no Concelho de Cascais, devorou a vegetação numa área de cerca de 45 hectares. Adentrou o Parque Urbano das Penhas do Marmeleiro e transformou o verde exuberante da belíssima paisagem natural numa crosta de cinzas desoladas.

Hoje estivemos lá a refletir sobre os estragos...

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Finalmente cai o governo de direita


Hoje, na Assembleia da República Portuguesa, a moção de rejeição ao Programa de Governo da coligação PàF (PSD - CDS/PP) foi aprovada com 123 votos a favor (PS, BE, PCP, PEV e PAN) e 107 contra (PSD e CDS/PP).

A DIREITA, ao eleger menos deputados do que a esquerda, PERDEU as eleições do dia 5 de outubro. O riso da direita apaga-se.

domingo, 8 de novembro de 2015

1UP _ Berlin-Lisbon Connection


One United Power/Dalaiama, em reconhecimento a uma das mais notáveis crews que a Europa do graffiti alguma vez conheceu. Keep it UP!

sábado, 7 de novembro de 2015

SMN de 505 para 600


"Não há nenhuma indicação de que um aumento do salário mínimo leve a mais desemprego. 

E não há porque os níveis salariais são muito baixos. Tão baixos que qualquer aumento de umas dezenas de euros no SMN abrange um número considerável de trabalhadores. Um aumento para 600 euros abrangeria 44% dos trabalhadores nacionais!!

E ainda assim, o aumento do SMN tem efeitos não excessivos na Massa Salarial paga pelas empresas, embora os seus trabalhadores sintam subidas consideráveis do seu rendimento. E isso passa-se mesmo em actividades com uma grande concentração de trabalhadores a receber o SMN. Qual a razão do paradoxo? A extrema desigualdade salarial reinante em Portugal.

Veja-se um estudo que o Observatório sobre Crises e Alternativasdivulgado ontem, feito com base na única base de dados sobre os quais é possível estimar, de forma segura, o impacto de um aumento do SMN - os Quadros de Pessoal das empresas.

Mesmo uma subida de 505 para 600 euros - uma subida de 18%, considerado como sendo excessiva - levaria a uma subida de apenas 2,9% da Massa Salarial da economia. Se for para 532 euros (uma subida de 5,3%), a subida da Massa Salarial será de 0,65%!!

No sector do vestuário ou do calçado - em que três quartos dos trabalhadores recebem o SMN - a subida de 505 para 532 euros implicaria numa subida de 3,1% da massa salarial do sector e para 548,50 euros de 4,8%. Se fosse para 600 euros, subiria para 11,3%.

Recorde-se que os gastos com pessoal representam cerca de um quinto do valor da produção. Ou seja, mesmo um aumento de 11% na Massa Salarial de um sector reflete-se em 2% do valor da produção. São estes valores condizentes com uma situação de desemprego iminente? [...]

Um aumento para 532 euros representaria um aumento de 1,5% da massa salarial das micro empresas (até dez trabalhadores). E seria de 0,8% nas pequenas empresas (entre 10 e 49 trabalhadores). E de 0,5% na massa salarial das médias empresas (de 50 a 250 trabalhadores). Aumente-se o SMN para 546,50 euros e isso representa uma subida de 2,4% da sua massa salarial. Parece um cenário absurdo? Estamos a falar de menos de 550 euros...  O limiar de pobreza em 2014 foi de cerca de 410 euros, sendo que, nesse mesmo ano, o salário mínimo líquido foi de 431 euros."

João Ramos de Almeida

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Dos livros obedientes


"As escolas são instituições dedicadas à doutrinação e à imposição de obediência. Longe de criarem pensadores independentes, ao longo da história as escolas sempre tiveram um papel institucional num sistema de controle e coerção. [...]

A doutrinação é necessária porque as escolas são, de um modo geral, concebidas para apoiar os interesses do segmento dominante da sociedade, das pessoas detentoras da riqueza e do poder. [...] A lição aprendida na socialização através da educação é que se não se apoiar os interesses dos detentores da riqueza e do poder, não se sobrevive por muito tempo. É-se excluído do sistema ou marginalizado."

Noam Chomsky

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Os pobres existem por vontade dos ricos (e não por causa dos imigrantes)


“A migração de duas a quatro mil pessoas não impõe que menosprezemos a situação de dois milhões que temos entre nós na pobreza, na miséria, na exclusão. Seria errado argumentar que esses migrantes vêm comprometer o combate à pobreza nacional. A situação dos nossos pobres não se resolve há séculos e a razão desse descaso nada tem a ver com os migrantes.”

Bruto da Costa

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Em três galeras


"Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar

Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar"

Jorge Palma

domingo, 1 de novembro de 2015

Reforçando as pontes

Água fria insistente caiu do céu no decurso de um domingo manso. Pois então, numa passagem modesta pelo atelier, fizeram-se pequenos acertos técnicos num estêncil de média idade.