SÊ BEM-VINDO ! SÊ BEM-VINDA ! YOU ARE WELCOME !

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O novo modelo mundial: o capitalismo de Estado



 "A Europa perdeu centralidade geopolítica e geoeconómica. [...]

[...] competindo com países como a China (membro da OMC desde dezembro de 2001) onde a taxa de exploração é imbatível e os padrões sociais e ambientais muito baixos, a UE nunca conseguiria ser bem sucedida. [...]

Vivemos numa era que é a da empresa transnacional, que leva a um certo grau de transnacionalização das burguesias e de internacionalização do seu poder. [...]

[...] Reportando-se a dados de junho de 2011, [...] as empresas estatais ou controladas pelo Estado representam na China 80% do valor do mercado bolsista deste país, na Rússia 62% e no Brasil 38% (índice de bolsa de valores da MSCI Inc).

Em todo o caso, a propriedade e o controlo estatal de sectores estratégicos é fundamental mas não é suficiente, pode ser uma vantagem para o desenvolvimento da economia nacional sem que isso signifique justiça social. É o caso dos emergentes.

A situação é mais gritante na China, [...] apesar da bandeira vermelha a riqueza de uns resulta de uma gigantesca taxa de exploração sofrida pela imensa maioria de chinesas e chineses. [...] a elétrica China Three Gorges Corporation entrou na privatização da EDP portuguesa com particular interesse de entrar no mercado elétrico brasileiro (EDP Brasil é detida a 51% pela EDP).

O desenvolvimento do capitalismo permitiu a ascensão do chamado “capitalismo de valores asiáticos”. O modelo que tem raízes no pragmatismo de Deng Xiaoping, mas os frutos desse sucesso do capitalismo autoritário emergem agora. Em síntese, a emergência da China prova o sucesso deste modelo que combina um Estado autoritário com o regime capitalista. Um modelo que, afinal, é mais capitalista que asiático."

Bruno Góis (recomenda-se vivamente a leitura do artigo inteiro)

Sem comentários: